Mundica, minha avó materna, sacava insistentemente um “como chama” quando queria algo que o nome lhe fugia, fosse o que fosse.
Espanador, vassoura, agulhas de crochê e tricô, os pincinê em francês que nunca soube.
“Menina, traz aí o como chama!”.
E ai das meninas que viviam ao seu lado se não lhe adivinhassem o desejo.
Iam e voltavam até secar as pernas.
Quando Mundica foi embora, arrumaram as trouxas pra não voltar.
Do “como chama” , desse mesmo é que nunca mais soubemos.
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