“A morte de um político deixará o Maranhão consternado”, ouve-se, ano após ano, de pais e mães-de-santo, em rosário de previsões onde de tudo se ouve do além, menos um nome.
Em Estado onde reinam centenas de politricas e politiqueiros, raro é saber o que não morra com pés e mãos no cofre público, mas esses não contam, soube. Bons zumbis, ressuscitam na próxima safra.
Sinceramente, nunca tomei conhecimento – pelo menos em meu tempo – de político que ao morrer tenha deixado o estado entristecido.
O futuro da humanidade se mostra tão óbvio que só terapia de regressão para fisgar algo de “novo” no passado.
Em qual outra profissão o operário se sujeita ao vexame de ficar dias confinado em hotel de luxo, longe de qualquer contato com a civilização, em completo anonimato, a resistir bravamente às inúmeras pressões do poder, e tudo em nome da tal convicção política?
E depois dizem que vereador em São Luís não trabalha.
Sai um circo, entra outro. Porque São Luís é um espetáculo de cores e extravagâncias,
o Circo da Cidade não perdeu tempo: armou tenda e picadeiro no local onde jazem
os restos mortais do VLT castelista.
E como nenhum circo estaria completo sem o seu palhaço, a
cidade circense reúne, agora, um milhão de animadores.
Não vi qualquer sinalização,
mas arrisco a pergunta. João Castelo passará
a faixa a Holanda Júnior, ou a Blitz Urbana proibiu ultrapassagens em faixa
amarela contínua neste final de ano?
E só por curiosidade. Mudança de faixa em
declive é infração grave?
Foi uma bela atitude a do prefeito de São Luís, Holanda
Júnior, convidar o deputado Fufuquinha para secretário municipal e abrir
caminho a Holanda pai na Assembleia Legislativa.
Com o egoísmo em aceleração constante, quantos filhos podem
afirmar, hojem em dia, honrar pai e amizade de
infância?
Pena que Fufuquinha não tenha aceito o chá de casa
nova.
São Luís diariamente copia o que há de pior no país. Via de tráfego crescente – contudo mal iluminada e sem policiamento – a Avenida
Luís Eduardo Magalhães se transformou em point noturno de bandidos.
Na semana passada, um grupo com armas de grosso calibre assaltava
carros em sequência.
Você mal lembra do Natal do ano passado, e
o espírito cristão novamente te enche com histórias sem sal, e peru e chester
da Sadia.
E da Missa do Galo, lembra? Ouviu algum?
Oxalá 2013 tenha pena da nossa pele e não
nos faça pagar o pato. De novo. Está se sentindo uma vaca de presépio? Reinvente o ano do porco ou torça o rabo da porca.
O Moto Clube está entregue a inferno
astral sem precedentes no futebol maranhense.
Não bastassem os maus resultados, a perda
de prestígio, as dívidas, os pernas-de-pau e a obrigatoriedade de devolução de ingressos
de amistoso não-realizado, o clube corre o risco de perder o ídolo Kleber Pereira para o arquirrival
Sampaio Corrêa.
"Papão do Norte", papão sem sorte ou será que o que não vem no balde vem a Baldez?
A sem-vergonhice é recorrente. A cada quatro anos, quem chega ao serviço público vê na gestão anterior passado ainda mais tenebroso que o “futuro” a deixar.
Com posse marcada para 1º de Janeiro, o
prefeito Holanda Júnior começa o ano com experiência única: tentará provar que gerir
São Luís não é um estágio terreno entre o céu e o inferno.
Oxalá tenha bom êxito. Depois de tanto vagar entre castelos e
palácios, esse povo não resistiria a outro calabouço.
Um “ovo”, segundo os 21 vereadores a compor
a Casa neste exercício, o velho prédio na Praia Grande é inflado para o batismo
dos dez novos membros do legislativo municipal.
No vai-e-vem da reforma e adaptações,
qualquer centímetro quadrado é visto como caminho único
entre existência e ostracismo.
Quinhentos milhões seria a dívida de São
Luís, estima Holanda Júnior. Em tese, o novo prefeito tem milhões de
motivos para largar o velho osso. Na prática, milhões de dentes ávidos por
serviço.
Boa parte dos prefeitos maranhenses diplomados
ontem tem opinião sobre o fim do mundo dessa sexta-feira: A coisa não pode ser pior que redução de FPM
e ingratidão de ex-aliado, pensam.
Pelo que contam os novos gestores, a "saúde" financeira de muitos municípios faz a profecia maia parecer estória da Carochinha.
Uma das líderes de vendas na internet – a
Americanas – demonstra possuir logística capenga de entrega de produtos a clientes.
Comprei produto pelo saite da empresa em
25 de novembro, com previsão de entrega para 12 dias úteis. O pagamento foi
debitado em meu cartão pouco tempo depois.
No “acompanhe seu pedido”, assinalaram 12
de dezembro para que recebesse a compra.
Passados 24 dias de novembro, e nada do
que vem do outro mundo.
Durante esse tempo, nenhum e-mail a
justificar o atraso.
É diária, contudo, a oferta de um sem-número
de bugigangas “promocionais”.
Não bastasse o fim do mundo de sexta-feira
próxima, a Igreja Universal em São Luís convoca “Noite do Explode Coração” para
solteiros e descasados, no dia 27 de dezembro, na sede do Canto da Fabril.
Noite dessas, acredite, pode explodir o coração, a
pressão... e a pensão.
“Temos de evitar os 50 anos da oligarquia
Sarney no Maranhão”, brada o presidente da Embratur, Flávio Dino.
Bem, se em 50 anos não conseguiram
derrubar a oligarquia, só resta à futura geração esperar – ou lutar – para que no
próximo meio século não derrubem de vez o estado.
A língua inglesa pode ser o diferencial que falta ao seu negócio.
No Cohatrac, um dos bairros populosos de
São Luís, quem não tiver o “I love you” em dia corre sério de ficar a segurar
vela em namoro, e não chega ao portão de clínica odontológica.
Até pamonha e mocotó com sotaque do
Obama viraram moda por lá, dizem. A estratégia deu certo? Of course!