Dono de repertório inesgotável de tiradas hilárias, o prefeito pede para falar com secretário de governo.
O chefe de gabinete o conduz à porta e pede que entre.
- O senhor primeiro, diz o prefeito.
- O senhor é prefeito e tem preferência, devolve o chefe.
- Insisto. Eu sou prefeito, mas o senhor é “doutor”!
E foi por essas e outras que arrebatou a simpatia dos dirigentes do órgão. A cada visita, o prenúncio de boas risadas.
Certo dia, desapareceu de vista. Eleição garantida por sucessivos mandatos, os eleitores não se entusiasmaram com a velha caixa de risos.
Não tardou dois anos e seu nome estava em jornal. Abaixo, lista enorme de bens público-privados chamados a leilão.
Até hoje tento adivinhar o semblante do homem diante dos “doutores” que vieram tirar “suas” propriedades.
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