Heleno de Freitas, centro-avante do Botafogo dos anos 40, vai chegar ao cinema na pele de Rodrigo Santoro. O original foi um dos craques mais controvertidos do futebol.
Rara habilidade com a bola, estilo elegante dentro e fora do campo, diziam nunca desalinhar o cabelo, mesmo em partidas sob temporal – proeza conseguida pela abundância de gomalina.
Era boêmio contumaz, notívago e mulherengo. O consórcio trouxe a ele a sífilis. Morreu aos 39 anos, depois de passagens por sanatórios, o cérebro dominado pela doença.
Na Colômbia, não reviveu a sequência de jogos excepcionais. Mas o suficiente para encher os olhos do já festejado cronista Gabriel García Márquez, que para ele escreveu “O Doutor De Freitas”. O escritor famoso viria mais tarde.
Torcedor roxo do Fluminense, também Nélson Rodrigues se renderia aos encantos de Heleno. “Não há no futebol brasileiro jogador mais romanesco”, escreveu.
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