Aconteceu no interior do estado, onde o contar dos “causos” porfia tamanho com o mundão de terras.
Moça iletrada, contudo trabalhadeira de fazer gosto, a filha de um fazendeiro cerca de mimos o namorado, a família a torcer pelo pedido de casório.
A “noiva” deita olhar apaixonado a cada gesto do pretendente, homem muito sabido e conhecedor das letras.
Certo dia no terreiro da fazenda, após conversa trivial, o namorado solta a máxima:
- Não, absolutamente eu não concordo com a sua opinião!
E a filha do fazendeiro, perplexa com o desconhecido "absolutamente", guardou a linda palavra para se mostrar interessante ao amado quando surgisse a oportunidade.
E o esperar não demorou.
Num outro dia, finalzinho de tarde no terreiro, após chamego danado de bom, os dois devoram a merenda de casa com sofreguidão. Galinhas, catraios e perus se entrançam pelas penas dos amantes, em disputa aos restos.
E a moça, esperta que só:
- Xô, galinha! Absolutamente xô!
Não faltaram galinhas, catraios e perus no rega-bofe da troca de alianças. E pelo que contam, foi festança de encher os quatro cantos da boca. Absolutamente, um grande acontecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário