O Maranhão recebeu hoje o retrato falado do suposto assassino do jornalista Décio Sá.
O resultado dos 38 dias de atraso é porreta mesmo! A imagem só falta falar, tal sua semelhança com pessoa conhecida, ou sujeito simplório com quem cruzamos a qualquer hora, em qualquer cidade.
E aí mora o perigo.
Esses retratos falados invadem o imaginário da população e a leva a crer que qualquer sujeito com aparência índia ou paraguaia – lembram do depoimento das testemunhas? – é, de fato, o matador do jornalista.
Coitado do guardador de carros, camelô e vendedor de bikelanche que, por infeliz acaso, carregue parecença com o modelo.
“É ele!”, e ao desditoso nem deixarão encomendar a alma ao criador.
Oferecem cem mil reais por assassino que até ontem ninguém sabia quem era, e que, desde o início desta quinta-feira, os caçadores de recompensa imaginam “escondido” na casa do vizinho, no condomínio de defronte.
Há, agora, um retrato falado que, por mais ampliem ou retoquem, jamais irá falar.
E dirão o quê caso capturem o verdadeiro executor e nele encontrarem os traços de um Brad Pitt?
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