O desmatamento acelerado das matas nativas, para dar passagem às lavouras de soja, provoca desequilíbrio ecológico sério no Baixo Parnaíba.
O resultado mais visível da degradação ambiental: milhares de morcegos invadiram o perímetro urbano de Santa Quitéria do Maranhão, a 441 km de São Luís, e de vários outros municípios da região.
Apesar de frugívoros (alimentam-se de frutas e insetos), os animais despertam pânico. Muito pequenos, conseguem penetrar nas casas com facilidade. Espalha-se um fogaréu de alertas sobre o risco de doenças.
Desflorestamento ilegal e sem freios não é assunto novo no Maranhão e tampouco em Santa Quitéria.
Em março, o estado arrebatou novo recorde nacional: o de maior número de cidades que mais desmatam o cerrado brasileiro, segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente.
O índex ministerial listou 52 municípios onde a matança do verde corre mais depressa que na Amazônia.
Santa Quitéria estava lá, e mais 19 cidades maranhenses.
Na época, foram anunciadas medidas de vigilância e de recuperação de áreas degradadas. Ficaram no papel.
Os campeões maranhenses do desmatamento:
Aldeias Altas, Alto Parnaíba, Balsas, Barra do Corda, Barreirinhas, Buriti, Caxias, Chapadinha, Codó, Coroatá, Grajaú, Parnarama, Riachão, São Benedito do Rio Preto, São João do Sóter, Timbiras, Tuntum, Urbano Santos e Vargem Grande.
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