Não lembro disputa eleitoral em São Luís com concorrentes à prefeitura a demonstrar tamanha disposição por enfrentar a Rua Grande em caminhada.
Quem ainda não passou por lá aguarda vez em banco quebrado da Praça João Lisboa. E quem já passou espera sinal verde pra repetir a maratona.
O certo é que a rua mais popular da cidade tem novo status: versão retrô da Avenida dos Holandeses para pedestres, comércio ambulante, políticos reduntantes e estreantes.
A toda hora chegam notícias de carrinhos de pipoca e cachorro-quente em batidas espetaculares com isopores de sacolé e bikelanches. Poupança de freguês e cabeça de menino têm o mesmo efeito amortecedor, juram.
“Nem a 25 de Março se iguala em sofrimento”, reclama um camelô. “Traz o Sílvio Santos aqui e vê se ele consegue vender promessa pra esses candidatos”, desafia.
“Estou totalmente em casa na rua que é a minha grande preferida”, diz o camisa vermelha Holanda Júnior.
“Vermelha é cor que assenta melhor nas mulheres, ainda mais se a rua é grande e exige batom para que o eleitor nos veja, perto ou longe”, insiste Eliziane Gama.
“Calma, gente! A rua é quase tão grande quanto meu coração, e ambos vão ficar maiores quando eu fizer o metrô de superfície”, filosofa o prefeito candidato.
Ah, a Rua Grande!
Sabem o que há rumo ao Caminho da Boiada e Canto da Viração?
Eu não.
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