Aonde foi parar o velho e bom sexo?
Caso não lembre o que era, siga a pista: o prazer dos amantes se reconhecia em rostos extenuados por felicidade cúmplice, cama e porta fechada suficientes a tanto desejo e lascívia.
Mas qual! Cena assim deve assombrar o imaginário de quem é do século passado ou os museus da pré-história.
Não há sexo atual que resista a uma boa exposição pública.
Quanto mais o público souber o que o casal faz, como faz e quantas vezes faz, mais amplas as chances de que ambos garantam mídia farta no dia seguinte.
É dispensável qualquer roteiro amoroso, desde que haja por perto câmera fotográfica ou filmadora, e quem saiba transformar intimidade em publicidade. E bem rápido, ou será de outro o recorde pelo hit.
E a mocinha recatada e pudica trocará o falido pequeno príncipe pelo inesgotável reino das pulitricas.
E virão contratos, convites para entrevistas, propostas por trabalho artístico ainda mais ousado.
Desmentidos, raiva e ameaças de processo são peças do jogo de cena. Garantem, no mínimo, cachê dobrado.
Pior que a invasão de big brothers é o aceno de fama e oscares a qualquer ator canastrão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário