Há “mortos” que continuam a penar por abrir demais o bico.
Mortinho da silva, Francisco das Chagas Feitosa não se contentou com o outro mundo, e quis retornar a este na condição de candidato a vereador.
Na fosse a teimosia, e providencial ajuda da justiça eleitoral, jamais teria descoberto a própria morte, certificada por insuspeito atestado de óbito.
Anulado o documento, o quase defunto providenciou outro: agora, uma certidão de renascimento na riqueza.
Nascido em Teresina e feirante em São Luís, o ex-morto vai gastar R$ 300 mil na campanha.
Francisco Feitosa ou nada aprendeu nas feiras do além, ou está disposto a sustentar a nova vida com roça de abacaxis e pepinos.
R$ 300 mil limpinhos na campanha, e logo com a pindaíba estampada nos rostos de postulantes a cargos eletivos e eleitores?
O “morto” arranje cova mais funda a essa dinheirama, senão os muito vivos irão infernizar ad infinitum o seu outrora tranquilíssimo jardim da paz – seja dia de feira, segunda-feira ou feriado.
Pensando bem, a câmara de vereadores não pode ser pior que a câmara mortuária, pode?
Nenhum comentário:
Postar um comentário