Sabe de alguma autoridade que tenha chegado ao Poder e não tenha reclamado das agruras, incompreensões e sacrifícios sofridos em nome do Poder?
E soube de alguém que, mesmo diante de tantos tropeços, manifestou desejo de transferir o Poder a outro – de boa vontade, é claro!
O nosso Dom Pedro II é um dos ícones mundiais de permanência no Poder: 49 anos.
Chegou ao trono aos cinco anos, mas só aos 14 pode, de fato, exercer o poder de mando.
A antecipação da sua maioridade é obra de políticos – sempre eles, cruzes! –, com o objetivo de sufocar crises e revoltas pelo país. Um exemplo: a Balaiada, no Maranhão.
Pedro II assumiu em nome da “unidade nacional” – expressão que ninguém sabe o que é, contudo, desde então, jamais saiu da politicagem nacional.
Erudito, viajado e amigo de celebridades – entre elas o compositor alemão Wagner e o cientista francês Louis Pasteur –, morreu aos 66 anos.
Sozinho e triste, dizem os historiadores.
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