O dia amanhece e não ouço o grito de Japiaçu em saudação à aniversariante.
Caprichei o ouvido para o sino das missas, mas nada!
As jandaias, sempre a acordar o quintal bem cedinho, logo hoje esqueceram da algazarra estridente.
Céu feio, esse, sem balões, papagaios e lanceadas.
Mar medonho, esse, de prata corroída por esgotos.
Verão na lagoa a serpente a morrer de desgosto?
Espiarão nos mirantes Nha Jansen, dona de todos os gostos?
Não aviarão um Zeppelin para a tua agonia aérea, São Luís?
Tenho em mãos o jornal a inventar o 8 de Setembro.
Quantas cidades inventaram em quatrocentos anos?
Quem inventou tua gente ludovicense, Upaon-Açu?
O rei que querias e amava a França que jamais conheceste?
Feliz aniversário, chão que teimo meu.
Ainda que há séculos não saiba de ti.
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