O Maranhão perdeu neste sábado o radialista Tony Castro.
Paraense, poucos gostaram desta terra como ele. Era, portanto, mais maranhense que muita gente nascida às margens do Itapecuru e do Pindaré.
Um homem simples no dia-a-dia, um gigante no microfone das emissoras onde emprestou voz e comentários.
Trabalhos juntos, eu repórter noviço de O Imparcial, ele na extinta Rádio Gurupi, dos Diários Associados.
Já era profissional experiente, e sempre me dispensou grande consideração. Ainda que afastados pelo afazeres, os amigos comuns traziam e retornavam notícias nossas.
Jamais esqueci. Cobríamos o Carnaval – quando o desfile era na Praça João Lisboa – e ele me estendeu o microfone. Falei mil bobagens; o diabo ri até hoje. Benevolente, Tony jamais me repreendeu.
Ficou a lição. Continuo amante dos disparates e atos falhos.
As durezas da vida e da profissão fizeram Tony hábil na cobertura de quaisquer eventos – do futebol à política.
O que gostava nele? Ter opinião própria – produto de primeiríssima necessidade tão escasso no mercado.
A opinião o matou. Foi? Melhor isso, que não sei sofrer pior que a falta dela.
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