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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O banheiro do faraó


 
 
A mal explicada e caríssima reforma de um dos banheiros da Casa Rosada – a sede do governo argentino – tem levado a forte imprensa  oposicionista daquele país a combate sem tréguas da gestão da presidente Cristina Kirchner. Puxam os protestos os jornais La Nación e El Clarin, e outros também importantes. 
Segundo informou a mídia contrária, com base no Diário Oficial, o governo teria destinado 2,4 milhões de pesos (cerca de R$ 2,2 milhões) para "restaurar, iluminar e remodelar" um banheiro no primeiro andar do edifício, junto aos gabinetes da presidente e de dois de seus principais assessores. 
 
O secretário geral da Presidência, Oscar Parrilli, diz que o total recursos será gasto em conjunto de obras, que incluem a cozinha e a copa do palácio presidencial. Novamente a imprensa interveio: as obras custarão 10 milhões de pesos, disseram.  
 
Três pontos levam os argentinos a perder as estribeiras com Cristina Kirchner: 
 
 - em discurso recente ela declarou ser a reencarnação de um grande arquiteto egípcio.
 
- na próxima semana (8) ocorrerá protesto (batizado de 8N) contra o governo, autor da polêmica lei de audiovisual que limita o número de canais de TVs e de rádios que podem ser mantidos por grupos de telecomunicações. A lei deve entrar em vigor em dezembro.
 
- a imprensa internacional não poupa o governo pela falta de dados confiáveis sobre a economia. As barreiras comerciais desagradam empresários locais e investidores internacionais. A redução das exportações para o Brasil, principal parceiro comercial, sinaliza indícios visíveis de desaceleração econômica.  

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