Sempre solitário, passava horas à beira-mar,
o calorzão de São Luís tiquinho a tanto empenho.
Era pescador de técnica extravagante,
diziam.
Atirava a linha e repetidas vezes a
recolhia quase imediatamente. Em seguida, voltava a esticar o braço rumo à
água.
Quem o visse assim logo pensaria num campeão
de capturas ou um afobado. Nem uma coisa, nem noutra.
Durante anos “pescou” assim os seus
cigarros de diamba, quase anônimo aos transeuntes, uma prosa sem fim com Iemanjá.
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