Referi-me em postagem anterior a anúncio de
sequestro por telefone, e quase esqueço a motivação para o tema.
No início da tarde de
quinta-feira, uma mulher invade agência bancária na Praça Pedro II. Entre
gritos de agonia, mal consegue balbuciar o rapto da filha. Aos pedidos de socorro se juntam ecos
solidários e o indefectível aviso: “É golpe!”.
A mulher, em transe, nada escuta. Ouvira a
voz da filha, era o bastante. O terror se desfaz quinze minutos mais tarde, com
a chegada do marido. A “vítima” estava bem.
Antes que a censurem por desconhecer
seguidos alertas da polícia a casos dessa natureza, relembro episódio ocorrido
há anos com uma amiga jornalista.
Revivi naquela tarde o desespero dela ao
chegar à empresa onde trabalhávamos com a notícia do sequestro da filha. Nada
do que os colegas diziam a tranquilizava. Como presumimos, era boato. Ainda
bem!
Coração de mãe bate diferente dos corações
alheios, sempre soube.
Pois reencontrei a amiga horas antes, no
almoço em restaurante. Ambas seguem de bem com a vida, ouvi entre sorrisos
e relatos profissionais.
Coincidências demais em um só dia.
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