"Ah! o trabalho é a alegria
e a consolação dos filhos da pobreza, mas é também o castigo e o suplício dos
que nasceram ricos." 
Para quem
não conhece ou lembra, Louis Ferrante é aquele sujeito que aparece na tevê paga
a contar os “segredos” do submundo do crime. 
Bastou o Globo Repórter enaltecer
as “maravilhas” da quinoa, e o grão reapareceu nos supermercados de São Luís
a R$ 16 reais o pacote. 
Continuam
a enfeitar a Praça Pedro II as barreiras de isolamento armadas pelo governo
para sinalizar aos professores de qual lado devem ficar, em caso de greve da
categoria. 
São Luís possui um lixão a céu aberto em cada bairro, diz pesquisador. 
Os membros da tal “CPI do Bom
Peixe” estão diante de sério impasse, sopram pelos corredores da Câmara. 
A concessão da inédita
licença-paternidade a pai solteiro, e que adotou filha, não significa
necessariamente que o Maranhão também adote o licença-agiotagem.
Se a Secretaria de Segurança
recua e diz que nenhum gestor municipal foi relacionado até agora às 41 prefeituras
citadas em esquema de agiotagem no Estado, e na investigação do assassinato do
jornalista Décio Sá, é possível que qualquer suposto envolvimento nos dois
casos tenha ocorrido sem participação de entes públicos.
Enquanto o sistema de transporte
coletivo de São Luís quer reajuste de 27% nas tarifas, a população, sempre
modesta, quer 1% de melhoria nos ônibus.
Sábado é o dia de pior trânsito
em São Luís,
sinalizam autoridades da área. 
“O dono da panificadora foi levado para o hospital e passa
bem, ele está em observação aguardando o parecer médico para saber se vão
retirar, ou não, a arma que está alojada no braço dele”. 
A mulher pergunta se a
chuva medonha “tava na previsão”. 
Terra esquisita esse
Maranhão. 
É sempre alentador saber que
a cada dia mais ludovicenses se armam contra ações arbitrárias do poder público. 
Enquanto os traficantes em São Luís matam uns aos
outros – segundo versão da polícia –, os mortos que a imprensa conta aos montes
têm rosto e perfil de quem não usa nem água de cheiro. 
Quem passa pela Beira-Mar, e
lança olhar atento a caminhões e ao lameiro em parte da avenida, leva a dúvida: 
A Caema – sempre ela! –
descobriu característica invulgar do consumidor ludovicense. 
Lembram da promessa de João Castelo
ao sair do La
Ravardière? 
A quantidade de caixas
eletrônicos quebrados em São
Luís, ou sem dinheiro, não surpreende apenas clientes de
bancos.
É incrível que, tantos os problemas de
infraestrutura urbana em São
Luís, ainda encontrem tanto tempo e espaço para tantos
sequestros-relâmpago. 
A medicina ocidental recebeu com um misto de
admiração e incredulidade a notícia de que pacientes submetidos à hemodiálise
serão alfabetizados pela secretaria de Educação de São Luís.
O prefeito Holanda Júnior
agiu preventivamente ao evitar qualquer contato com o ex-ministro José Dirceu em São Luís. 
Blogueiras de moda e estilo ainda bem cabeça na tentativa de enquadrar a inusitada demissão de Meinha.
Se o ex-ministro José Dirceu
diz andar de cabeça erguida pelo país, porque é inocente – segundo afirmou em São Luís –, todos os que
andam de cabeça baixa por aí devem ser culpados por carregar um mensalão nas
costas. 
Ainda bem que a Câmara de São
Luís guarda em local secreto dezenas de edis ativos.
Certa vez, ao ouvir de onde
eu vinha, autoridade do Piauí arrancou do peito o que lhe pareceu grande gentileza: 
Os admiradores de Marco Feliciano estão surpresos – e chocados – com a indiferença do presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, da Câmara, à passagem do ex-ministro José Dirceu por São Luís. 
Ainda que um lado de São Luís
se feche em cegueira e silêncio, não há como o outro lado finja normalidade a 50
assassinatos a cada mês.
Na caça de leitores e
fetichistas, vários jornais de São Luís passaram a investir em bundas. 
Se a discussão em torno do
auxílio moradia a parlamentares maranhenses causa tanto rebuliço na Assembleia Legislativa,
caso o deputado Zé Carlos da Caixa sinalize aos colegas um empréstimo federal, capaz
do “Minha casa, minha vida” trocar de nome e dono. 
