O Brasil não atribui qualquer importância a Duarte Pacheco Pereira (1460-1533), contudo o navegador português – a quem vários historiadores consideram um gênio militar – esteve nesta terra dois anos antes da sua “descoberta” por Pedro Álvares Cabral.
Duarte Pereira aqui chegou em 1498, em expedição secreta a mando de D. Manuel I. Sua missão era reconhecer as zonas situadas além da demarcação do Tratado das Tordesilhas.
Partindo de Cabo Verde, na África, em dezembro daquele ano atingiu a costa entre Maranhão e Pará, de onde alcançou o Rio Amazonas e a Ilha do Marajó.
É evidente que tais localidades não possuiam esses nomes à época. Os registros do navegador permitiram situá-las mais tarde.
“... Tanto se dilata sua grandeza e corre com muita longura, que de arte nem da outra não foi visto nem sabido o fim e cabo delas. É achado nela muito e fino brasil com muitas outras cousas de que os navios neste Reinos vem grandemente povoados”, relata Pereira em carta ao rei português.
O "brasil" a que o viajante se refere é o pau-brasil, a árvore nobre a dar
nome ao país.
Também
matemático e cosmógrafo, Duarte Pacheco Pereira tinha genialidade comparável a
Leonardo da Vinci, segundo o historiador e biógrafo Joaquim Barradas de
Carvalho.
Camões, em Os Lusíadas, refere-se
a ele por "fortíssimo" e "Grão Pacheco Aquiles Lusitano".
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