“... todas as despezas feitas por esta sociedade com o certamem
commemorativo foram pagas pelo auxílio pecuniario que lhe prestou o
governo do Estado, recebido por tres vezes na importancia total de dois
contos quatrocentos e sessenta mil reis (2:460$000), como verificareis do
balanço do nosso Thezoureiro”, cita o escritor Domingos Perdigão, em 1912, em discurso na abertura do tricentenário da Cidade de São Luís.
Perdigão foi diretor da Biblioteca Pública e participou da fundação da Faculdade de Direito do Maranhão em 1918.
Coube ao governo Luis Domingues (1910 -1914) abrir as portas do Maranhão aos empréstimos internacionais.
A pretexto de sanear as contas do estado, tomou aos banqueiros Mayer Freres & Cia., por intermédio do Banco Argentino Francês, 20.000.000 de francos pelo prazo de 25 anos, a juros de 3% e amortização de 2%.
E o destino dos francos?
Segundo o historiador Mário Meireles, o empréstimo bancou empresas particulares e pagou dividas públicas acumuladas. Ambos consumiram cerca de 80% do dinheiro.
Os outros 20% teriam sido gastos em “compromissos menores, imediatos e inadiáveis”, ainda segundo Meireles.
Acredita-se que as despesas com tricentenário foram pagas com as “sobras” do empréstimo.
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