Sejamos justos.
Desde que Alessandro Martins saiu de cena sumiu a criatividade nas peças publicitárias de venda de carros.
O moço tem talento raro. Fez e estimulou culto ao “eu” para inundar o estado com milhares de veículos.
A coisa desandou mais tarde e deu num quiproquó dos diabos, mas essa é outra história da Carochinha.
Martins aperfeiçoou a fórmula, mas não é seu criador.
Na década de oitenta reinou por aqui Luís Antônio Noronha, o Noronha, sobre quem a cidade contava e repetia um sem-número de “causos” hilários. Fama e fortuna vieram na rabeira.
Era homem sem muita instrução o cearense que passou pelo Piauí e chegou ao Maranhão, no final dos anos 70, também no ramo de carros e peças.
O empresário Noronha, entretanto, esbanjava vocação invulgar nos negócios.
Simples e bonachão, foi ele próprio divulgar na tevê a sua mercadoria.
Soube o “causo” por um conhecido que a época revendia “cositas del Pararaguay”, pagamento adiantado, entrega na confiança.
Noronha encomendou a ele dois videocassetes. Antes a impaciência do outro pelo dinheiro, puxou algumas cédulas e as rasgou ao meio.
“A outra metade vai ver quando eu receber os vídeos”, disse, indo embora sem esperar resposta.
Recebeu? Nem duvide.
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