Nonato Brito, do Vimarense (www.vimarense.zip.net), em comentário ao jornalista Marcos D´Eça, que repercutira em seu blog a crônica de Joaquim Itapary, põe mais luzes no “monstro” que aterrorizou a Guimarães de 1944.
O tema era de domínio público na cultura popular e “foi bastante utilizado por cantadores de bumba-boi do nosso município na década de 40”, diz.
E foi buscar trecho de livro de 2007 do escritor Paulo Oliveira, promotor de justiça aposentado.
“... em pleno curso da II Guerra Mundial, quando os submarinos alemães atacam nossos navios mercantes na costa brasileira, é visto, periodicamente, um desses vasos de guerra, à noite, na baía de Cumã, especificamente na localidade Gurita, desembocadura do Rio Pericumã, enquanto isso, o barco “Nazaré”, pilotado por João Pontes, pertencente à Usina Joaquim Antônio, sob a gerência de Abelardo Ribeiro, clandestinamente efetua o transporte de peixe, carne e camarão secos, além de galinha, porco, açúcar, feijão e água para suprimento daquele gigantesco objeto marinho que a população regional passa a denominar de ‘Monstro’”, escreve Oliveira em “Cronologia da História de Guimarães”.
“Na verdade, desde o primeiro flagrante da visão do mesmo, ali ancorado, o pânico toma conta de todos, com boatos de todo gênero, inclusive, de que o estranho objeto se trata de uma monstruosa cobra ou serpente marinha e que, para combatê-la, com espingarda na mão, armam-se alguns destemidos e desinformados guimarantinos. Nesta mesma época, aparecem sobrevoando os ares da região a aeronave conhecida por “Zepelin”, da força aérea americana, sobretudo entre o trecho Guimarães e Usina Joaquim Antônio, objetivando vistoriar belicamente esta região, a fim de detectar provável presença do inimigo”, cita Brito com referência no livro.
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