7 de junho de 1979.
A Academia Maranhense de Letras reúne-se para eleger o ex-governador Pedro Neiva de Santana membro da instituição.
Inconformado pelo fato de Neiva jamais ter escrito nenhum livro, ou qualquer obra, o escritor Nascimento de Morais Filho rompe com a AML.
“Reagi, votei contra e nunca mais pus meus pés lá. Quem tem valor, quem tem talento, não precisa de academia”, bradava o titular da cadeira nº 37.
Pedro Neiva de Santana foi governador do Maranhão de 1971 a 1975.
Entre outros cargos públicos, foi reitor da UFMA, professor de Medicina Legal da Faculdade de Direito do estado e médico legista da Polícia Civil.
“E nem por isso escreveu nenhuma linha”, fustigava Nascimento.
O caso Santana não é isolado na história literária do país.
Em 1941 um grupo de acadêmicos patrocinou a admissão de Getúlio Vargas na Academia Brasileira de Letras. O eleito só viria a tomar posse em dezembro de 1943.
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