Sábado, sete da noite.
Tocam a campainha e vou atender. Um homem altíssimo, negro, um vara-pau, pede ajuda.
Fora assaltado, corria o risco de perder o emprego, precisava de dezessete reais para voltar para casa, insiste.
Puxo dois reais do bolso e entrego a ele. O “pidão” agradece – “já é um começo”, retribui – e vai buscar outro “colaborador”.
Antes de sair da minha vista, reparo. O magrelo tem roupas limpas e em ordem (camiseta e bermuda), tênis e relógio. Não há cheiro de bebida.
Golpe? Sei lá.
Exceto pelo bigode ausente, o homem era sósia quase perfeito de Luiz Melodia.
Fui "cantado" por quem gosto tanto. Amém!
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