O homem do interior chega a São Luís e quer logo conhecer a ZBM, a Zona do Baixo Meretrício, também famosa como “28”, um lugar chique à época.
Tal e qual formiga em açúcar, deixa-se seduzir pelo doce encanto das “meninas”. Erro fatal. Acorda no dia seguinte sem forças, dopado, o bolso vazio, nem rastro do dinheiro que trouxera.
As meretrizes e soldados de polícia foram os responsáveis, soube.
Desesperado com o embaraço procura o compadre da capital, por acaso chefe de polícia. Após ouvir a história, pede calma ao amigo, prometendo-lhe resolver rapidamente o caso.
Reúne a tropa no pátio do quartel – que funcionava onde hoje é o Convento das Mercês –, exige a devolução do furto, marca local e hora, promete punição severa.
Contam sobre o “aparecimento” de quantia maior do que fora levada.
Mais tarde, em conversa com o interiorano, o chefe teria soltado a frase:
- Compadre. A polícia do Maranhão é noventa por cento corrupta; os outros dez por cento estão no estágio.
Convite foi, convite voltou. Nunca mais compadre deixou o mato pra se lambuzar nas doçuras da capital.
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