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domingo, 18 de novembro de 2012

A cidade e o interventor

Paulo Ramos é uma das maiores incógnitas políticas e administrativas do Maranhão.

Interventor do Estado por quase nove anos (1936 a 1945), se revelaria gestor de atos extremos.

Sob o pretexto de abrir caminho a uma São Luís moderna, em 1941 mandou demolir número expressivo de casas coloniais para a abertura da Avenida Magalhães de Almeida.  

Foi Ramos quem criou o Banco do Estado, mais tarde transformado em Banco do Estado do Maranhão (BEM), vendido ao Bradesco em 2004; e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Entregou o governo sem dívidas a Clodomir Cardosoem março de 1945.

Sua administração é marcada por obras e denúncias de desmandos.

Saiu do Poder sem suspeitas de irregularidades, pobre e conhecido pela negativa de favores aos amigos.

Talvez seja o único até hoje a envergar semelhante currículo.

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