O rei tenta conter os ratos com a mão direita; com a esquerda, secretamente, os acaricia e alimenta.
Sem resistência regular, os roedores avançam. Momentaneamente torturado ante a ameaça de perder o trono, o soberano dirá aos súbitos: é urgente exterminá-los.
Assim é a fábula do desarmamento.
O rei ufana-se do recolhimento de 36,8 mil armas de fogo, em 2011.
Refém da nobreza e dos conspiradores palacianos, esquecerá, entretanto, de mencionar o quanto sacou para tê-las, o quanto recolhe em impostos para que continuem a ser fabricadas.
A fantasia pró-desarmamento vai continuar em 2012.
A cada súdito caído, mais e mais ratos.
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