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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Retratos falam?

O Maranhão recebeu hoje o retrato falado do suposto assassino do jornalista Décio Sá.

O resultado dos 38 dias de atraso é porreta mesmo! A imagem só falta falar, tal sua semelhança com pessoa conhecida, ou sujeito simplório com quem cruzamos a qualquer hora, em qualquer cidade.

E aí mora o perigo.

Esses retratos falados invadem o imaginário da população e a leva a crer que qualquer sujeito com aparência índia ou paraguaia – lembram do depoimento das testemunhas? – é, de fato, o matador do jornalista.

Coitado do guardador de carros, camelô e vendedor de bikelanche que, por infeliz acaso, carregue parecença com o modelo.

“É ele!”, e ao desditoso nem deixarão encomendar a alma ao criador.

Oferecem cem mil reais por assassino que até ontem ninguém sabia quem era, e que, desde o início desta quinta-feira, os caçadores de recompensa imaginam “escondido” na casa do vizinho, no condomínio de defronte.

Há, agora, um retrato falado que, por mais ampliem ou retoquem, jamais irá falar.

E dirão o quê caso capturem o verdadeiro executor e nele encontrarem os traços de um Brad Pitt?

Última viagem

Leram a carta do presidente da Embratur, na qual se despede da grande viagem que o levaria à prefeitura de São Luís?

O agora ex-quase futuro piloto das oposições arruma as malas e pula da disputa pela porta de emergência.

É rumo inédito e atípico nas turbulentas campanhas da Ilha dos Temores.

Não sei de outro navegador a mostrar igual poder de fogo na decolagem e escapulir da pista justo quando a torre lhe indicava pouso tranquilo.

E carta por carta, a de Caminha parece a mais sensata no momento:

“Em se plantando, tudo dá...”, lembram?

É persistente o presidente. Promete voo de longo percurso para 2014.
Não duvidem.

Até lá outras cartão dirão quem ficou à espera do 14-bis ou ao tempo e ao vento se entregou.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Eles também erram

“Brasil é o terceiro país com os maior juro real no mundo”.

Título de matéria do jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira, 30.

Com a dança dos juros no país, a cada dia fica mais difícil acertar economia e concordância.

Não perco a esperança. Vou esperar “os menor”.

Os semeadores

Do Nordeste ao Sul, avançam a seca e as notícias sobre a quebra de safras.

De uma só quebra na safra de velhos e novos políticos, estranhamente, não se colhe uma linha.

Será época de replantio em bolsos, meias e cuecas?

Poder, gozo e cólicas

"O gozo do Poder é entremeado de cólicas."

Autor da frase, Carlos Drummond de Andrade não nos disse qual gozo pode advir das cólicas do Poder.

Desconfio, contudo, não ter nada a ver com poesia.

E agora, José?

A musa

É inegável. O futebol maranhense melhorou muitíssimo das pernas, e de pernas.

As da musa do Sampaio Corrêa, então, apaixonam ao mais exigente tubarão.

Longe desse escrevinhador imaginar as belas pernas da moça entre as presas do terror dos mares. A referência é unicamente ao animal-símbolo do tricolor.

Pelo que mostra a internet, Wennia Batista tem os membros inferiores pra lá de superiores ao time de futebol do qual irá vestir a camisa. Benzadeus!

Ninguém garante, contudo, facilidades à eleita.

O “Tubarão” joga no esquema “Pernas, pra que te quero?”, e procura com urgência quem lhe proteja os flancos.

O anzol e a isca

Chama-se Dayvson Franklin de Souza o secretário estadual da Pesca.

O indicado, dizem, entende de sardinha em lata tanto quanto o seu protetor, o deputado federal Cléber Verde (PRB-MA), de Meio Ambiente.

Conversa de pescador.

Caso consiga correr mais que uma Harley-Davidson, e parar raios a exemplo de Benjamin Franklin, ninguém vai reparar que, até ontem, Dayvson Franklin foi assessor especial do prefeito João Castelo.

A política deixa zonzo até mesmo o Triângulo das Bermudas.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Mar de desculpas

São Luís foi palco de reunião curiosa nesta terça-feira.

Órgãos de muitos “ais” – federais, estaduais e municipais – sentaram à mesa para discutir como solucionar a poluição das praias da capital.

Dona dos esgotos a céu aberto da ilha, a companhia de saneamento, a sempre incompreendida Caema, saiu-se com essa:

Tem projetos de obras de saneamento que “devem melhorar” as condições das praias daqui a dois anos.

Bem, se quem lida como troço não tem certeza, porque teria você?

Volto em 2014 com nota sobre a missa de um ano desse imenso Mar Morto.

O do Oriente Médio, pelo excesso de sal.

O daqui, pela carência de salvação.

Entre secas e cachoeiras

Apesar da chiadeira pela redução do IPI – o tal Imposto Sobre Produtos Industrializados –, há entre os prefeitos maranhenses clima de desânimo por marcha cívica rumo a Brasília.

Temem levar “um sabão” do Senado e inconvenientes respingos dos banhos de cachoeira.

“Não vale a pena sujar as calças e lavar roupa em público em época de ficha-limpa”, filosofa um gestor interiorano.

A maioria dos alcaides credita o problema a esta época de seca política.

A da terra e dos veios d´água, essas só São Pedro pode entender.

Será que entende?

Adeus

“Abraços dusdaqui prusdaí...”.

Foi o que de melhor escreveu nos últimos vinte anos, antes do derradeiro aceno ao mundo.

Retirou-se da vida, soube, pelo mau uso costumeiro da língua.

“Abraços dusdaqui prusdelá...”.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Zeppelin em São Luís

Qual a relação entre o Zeppelin, Recife e São Luís?

A capital pernambucana não foi a única no Nordeste a ver o lendário dirigível alemão.

O Graf Zeppelin também esteve em São Luís – provavelmente no início dos anos 30, quando tiveram início as viagens regulares do “navio aéreo” entre Frankfurt e Recife.

A foto desta nota mostra o Zeppelin sobrevoando os céus ludovicenses, em tomada feita a partir da Rua Grande (Oswaldo Cruz) ou da Praça do Quartel (Deodoro).

Vê-se ainda de pé a Capela de São José das Laranjeiras. Homens no telhado de construção ao lado observam curiosos a cena inédita.

A foto foi extraída do kamaleao.com, um sítio com dezenas de belas imagens da São Luís do começo do Século XX.

A do Zeppelin não traz nenhuma informação sobre a fotografia – sequer o ano e o autor.

É pouquíssimo provável que a maravilha alemã tenha pousado aqui. Na época, apenas duas cidades brasileiras podiam recebê-la: Recife e Rio de Janeiro.

Ficarei grato a quem tiver fotos e notícias sobre a passagem do Zeppelin na Ilha, ou souber onde encontrá-los, e garanto o devido registro do colaborador.

Zeppelin no Recife

O dirigível alemão, que media 235 metros de comprimento, chegou a uma velocidade espantosa para uma aeronave do seu porte: 110 quilômetros por hora. Sua missão era estabelecer o tempo que os dirigíveis levariam para se deslocar da Europa Central até o Brasil, a fim de determinar sua viabilidade econômica como transporte de cargas.

E, quando o "Graf Zeppelin" atracou no Recife, o sucesso foi comemorado: a travessia do Atlântico foi feita em tempo recorde (três dias) e a cidade, local do primeiro pouso, parou diante do espetáculo.

Tudo aconteceu numa quinta-feira, 22 de maio de 1930, ao mesmo tempo em que no Rio de Janeiro o Congresso Nacional proclamava eleito o presidente da República, Júlio Prestes. Mas os jornais de Pernambuco só estamparam em suas primeiras páginas um único assunto: a chegada do dirigível, ocorrida exatamente às 18h35m.

A recepção ao Zeppelin, que havia deixado a base de Friedrichshaven, na Alemanha, às 17h do dia 18 de maio, foi minunciosamente preparada pelas autoridades governamentais.

O prefeito do Recife decretou feriado municipal. O governador de Pernambuco, Estácio Coimbra, sancionou um extenso decreto estabelecendo como os recifenses deveriam se comportar no dia da chegada do "grande navio aéreo", decreto este que regulamentava até mesmo "o tráfego de veículos e pedestres na cidade".

Para atender a multidão que pagou três mil contos de réis pelo acesso ao Campo do Jiquiá, construído especialmente para o pouso, a Great Western colocou vários trens extras, e 1.010 policiais trabalharam no local.

O grande interesse pela chegada do "Graf Zeppelin" ao Recife tinha uma justificativa: aquela era a primeira vez que o dirigível atracava não só no Brasil, como também na América do Sul.

Além disso, o dirigível, criado no final do século anterior pelo engenheiro alemão Ferdinand von Zeppelin, era o que havia de mais avançado em tecnologia de grandes aeronaves mais leves do que o ar. Equipado com cinco motores Maybach de 530 HP cada, tinha capacidade para transportar nove toneladas de carga, 20 passageiros e 26 tripulantes.

Os Zeppelins eram aeróstatas dirigíveis, de tipo rígido, e, entre 1904 e 1914, foram construídos na Alemanha 25 aparelhos de grande porte, o que deu àquele país a liderança mundial na tecnologia de aeronaves mais leves do que o ar.

O exército e a marinha alemães compraram alguns desses dirigíveis e os outros foram usados por empresas aéreas para transporte a longas distâncias. Dois ficaram mundialmente famosos: o "Hindenburg", concluído em 1936, e o "Graf Zeppelin", que fez a primeira viagem ao Brasil.

Os dirigíveis alemães eram considerados tão confortáveis quanto um transatlântico. Sua carcaça era de alumínio, em forma de cilindro, revestida interiormente de um tecido de seda envernizada, onde ficavam os camarotes da tripulação e as instalações para passageiros e cargas.

Suas dimensões variavam de acordo com a capacidade de transporte do aparelho que era cheio de bolsões de hidrogênio, altamente inflamável. O gás, menos denso que a atmosfera, permitia ao dirigível se deslocar sem consumir combustível.

O dirigível que veio ao Recife tinha 235 metros de comprimento, 33,5 metros de altura e 30,5 metros de diâmetro. Sua força de elevação era de 129 toneladas e as instalações para passageiros eram compostas de dez camarotes com duas camas cada, sala de jantar e de recreio e banheiros.

Voava a uma altura de 150 a 200 metros, com velocidade máxima de 130 km/hora. Depois do primeiro pouso, o "Graf Zeppelin" fez várias viagens ligando o Brasil à Europa, passando quinzenalmente pelo Recife.

Como as mais de cem aeronaves do seu tipo que na década de 1930 circulavam por várias partes do mundo, o "Graf Zeppelin" foi retirado de uso depois que o "Hindenbrg", atingido por um raio, explodiu no ar, em maio de 1937, nos Estados Unidos, matando 37 pessoas.

Estava encerrada a carreira do grande dirigível que, ao pousar no Recife, foi assim aclamado pelo Jornal Pequeno: "Ninguém mais tem dúvida de que ele será, no futuro, o meio preferido, principalmente pela segurança, para o comércio entre os povos dos continentes".



* Texto retirado do site Pernambuco de A-Z (www.pe-az.com.br).

domingo, 27 de maio de 2012

A África que não morre

Cerca de seis milhões de africanos rumaram à força para o Brasil após a “descoberta” da Índia cabralina.

Pelo menos a metade morreu nos navios negreiros, vítima de maus tratos e doenças.

O poema de Castro Alves, somente belo, sequer se aproxima do desespero dos grilhões.

Em 13 de maio de 1888, a farsa da abolição.

“Libertos”, os negros vagavam atrás de comida e abrigo.

Milhares – por certo a maioria – ficaram nas senzalas por não saber o que fazer com a “liberdade”. Nasceram escravos, morreram.

A escravatura muda de nome, não morre.

A salvação da pátria

O Brasil possuía em 2010 pouco mais de 190 milhões de habitantes, contou o IBGE.

E daí?

Em quarenta anos (1970 a 2010), o país triplicou sua taxa de natalidade e se aproximou de números demográficos chineses e indianos.

Progresso? Não, subdesenvolvimento e expansão da miséria social.

Sabe o que o país cantava em 1970, em plena Copa do México:

“Noventa milhões em ação / Pra frente Brasil / Salve a seleção...”.

Em quarenta anos desaprendemos a jogar bola.

Em contrapartida, o aperfeiçoamento sexual salvou a pátria de chuteiras.

Copas, jingles e votos

“Meu voto é minha lei / Pra deputado José Sarney”.

Com o slogan, o hoje presidente do Senado concorreu em doze eleições Maranhão. Venceu todas.

A música de Miguel Gustavo virou baião nas vozes de Luís Vieira e Elizeth Cardoso.

Sarney relembra a história na crônica “Canção da Copa”, publicada na Folha de S.Paulo em 25.06.10, durante a campanha da África do Sul, onde surgiram as terríveis “vuvuzelas”.

O cronista reclama do barulho infernal das cornetas. "...não acho graça nas vuvuzelas. São sem gosto e interferem, indigestas, na alegria e nas cores que enfeitam e explodem dos torcedores. Mas tudo muda e de mudanças são feitos o mundo e as copas."


O carioca Miguel Gustavo Werneck de Souza Martins morreu em 1972, aos 50 anos. Compositor de raro talento para o sucesso, é autor de inúmeros jingles famosos, entre eles o da Copa de 70, no México. De 1950 a 1970, muito do que o Brasil cantou eram músicas suas.

Soja pelo verde

O desmatamento acelerado das matas nativas, para dar passagem às lavouras de soja, provoca desequilíbrio ecológico sério no Baixo Parnaíba.

O resultado mais visível da degradação ambiental: milhares de morcegos invadiram o perímetro urbano de Santa Quitéria do Maranhão, a 441 km de São Luís, e de vários outros municípios da região.

Apesar de frugívoros (alimentam-se de frutas e insetos), os animais despertam pânico. Muito pequenos, conseguem penetrar nas casas com facilidade. Espalha-se um fogaréu de alertas sobre o risco de doenças.

Desflorestamento ilegal e sem freios não é assunto novo no Maranhão e tampouco em Santa Quitéria.

Em março, o estado arrebatou novo recorde nacional: o de maior número de cidades que mais desmatam o cerrado brasileiro, segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente.

O índex ministerial listou 52 municípios onde a matança do verde corre mais depressa que na Amazônia.

Santa Quitéria estava lá, e mais 19 cidades maranhenses.

Na época, foram anunciadas medidas de vigilância e de recuperação de áreas degradadas. Ficaram no papel.

Os campeões maranhenses do desmatamento:

Aldeias Altas, Alto Parnaíba, Balsas, Barra do Corda, Barreirinhas, Buriti, Caxias, Chapadinha, Codó, Coroatá, Grajaú, Parnarama, Riachão, São Benedito do Rio Preto, São João do Sóter, Timbiras, Tuntum, Urbano Santos e Vargem Grande.

sábado, 26 de maio de 2012

Estórias de pescador

Apreciadores de peixes, entre uma cerveja e outra os dois amigos deitam falação na qualidade das pescadas, cangatãs, bandeirados e robalos.

- O robalo, aqui no Maranhão, é conhecido por camurim. Conheces?

- Não só a ele como aos outros da sua espécie: furtá-lo, assaltá-lo e surrupiá-lo!

Paixão estranha

Povo estranho, o ludovicense.

Nem na França sabem de paixão igual por castelos e palácios.

Se praga do "Rei Criança" não foi, de um bom tambor não duvide.

Meu voto

Nas eleições, vou depositar voto de silêncio nos candidatos a prefeito de São Luís.

Aliás, quem não é, faça a gentileza de levantar a urna e ficar bem longe dos portões do La Ravardiére.

Gente implicante, essa: não cola e não descola do ouvido da gente.

Acompanhe sua greve

50% da frota de ônibus de São Luís voltam a circular neste sábado.

Poxa, isso é que é um grande alento!

Até segunda você só precisa encontrar 50% de motivos para justificar porque faltou ou chegou atrasado a compromissos.

Tomara que acreditem 1% nas tuas histórias.

Por via das dúvidas, não esqueça a calculadora de bolso e o dinheiro do mototáxi.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ajude São Luís: compre um carro

A greve no transporte coletivo trouxe imagem nova e paradoxal ao trânsito de São Luís: supre a falta de ônibus frota enorme de veículos de passeio, motos e vans.

O que era péssimo ficou pior, é óbvio. E o que concluir?

Ou metade da população usa o ônibus no dia-a-dia – e esconde o carro em casa para fugir do combustível caro – ou as concessionárias mandaram às ruas seus estoques na esperança de mostrar que a melhor forma de atropelar congestionamentos é a bordo de um modelo 2013.

Endivide-se. O governo jura não ver os juros que você vê.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pergunte ao doutor

Ex-BBB teve que fazer cirurgia íntima para poder tirar a roupa.

Os avanços da medicina são notáveis.

E dizer que até bem pouco tempo a mulher tirava a roupa e só então o médico diagnosticava o que era íntimo ou reconhecidamente público.

Para os dias de fé

A missa em andamento, o padre abre preleção e fala sobre a ênfase com a qual o cristão deve transmitir quando oferece ou recebe um “Bom-dia!”.

- Quando disser “Bom-dia!”, ou retribuí-lo, o faça com entusiasmo, e não com aquele sentimento de Missa de Sétimo Dia...

O amigo que me contou o episódio jura não ter percebido o semblante do público devido ao toque inoportuno do celular. Acredita, contudo, que naquele momento poucos lembraram a ação de graças a motivar a celebração.

Preciso, com urgência, retornar às missas e ouvir mais o que dizem em nome do Cristo.

Saída infernal

Dois amigos conversam, e um deles reclama das condições do local, no trabalho, onde assistiriam a uma missa.

- A falta de ventilação natural infestou o lugar com ácaros e fungos, e ainda por cima esse cheiro de produto químico...

E o interlocutor, sem titubear:

- O diabo é que aqui não há outro!

É grave a crise

A greve do transporte coletivo produziu onda de pessimismo no comércio de São Luís ainda mais devastadora que a crise na economia global.

Tradicional referência em compras no centro histórico, a Rua Grande vê declínio de 30% nas vendas. O percentual segue em idêntico patamar nos shoppings.

Falta dinheiro? Falta, mas, sobretudo, há carência de funcionários.

Com a paralisação dos ônibus, nenhum lojista quer se arriscar a pagar, em média, 30 reais diários de mototáxi por cada empregado.

Quanto maior o negócio, maior o rombo.

Há quem fale em fechar as portas caso o impasse continue.

Que tal o comércio também aderir à greve? É fashion, não?

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Pela estrada afora

São Luís, quarta-feira, 17h20.

Um Fiat Strada vermelho para abruptamente na avenida Jerônimo de Albuquerque. Em seguida, o motorista liga o alerta do carro. Sinal verde, logo tem início um buzinaço.

Pensou mal quem relacionou o caso a “prego” de combustível ou mecânico. O imprudente simplesmente queria “cortar caminho”, e avançou por retorno proibido na avenida Luiz Eduardo Guimarães.

O que há ali perto?

Uma subestação das centrais elétricas, um centro de convenções e um motel.

Nem perguntem qual estrada o lobo mau tomou.

A língua atropelada

Depois de ler “Desculpe... Estamos trabalhando para melhor servilo”, em um posto de combustíveis à entreda da Lagoa da Jansen, bateu a certeza:

Em São Luís, o que o trânsito não atropela e mata, das más línguas não escapa.

“Servilo” deve ser especialidade de restaurante “a kilo”, concordam?

terça-feira, 22 de maio de 2012

Para inglês ver

Luciana Gimenez aprende português com o filho.

A cria brasileira de Mick Jagger deve ser um gênio ainda não reconhecido pela ciência.

Se depender da mamãe, o Nobel é questão de tempo.

Pulo difícil

“É mais difícil seguir virgem do que treinar para Londres", confessa a norte-americana Lolo Jones.

E, afinal, a atleta treina para seguir virgem ou pular a barreira dos 30 anos?

Fosse no Brasil, qualquer revista de nu feminino tentaria convencê-la a deixar certos detalhes técnicos em pistas cobertas.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Nada não!

“Não foi encontrada nenhuma arma com o grupo, mas a polícia realizou vistoria no local da "barreira" - a estrada que liga a zona rural da cidade de Sousa ao município de São Gonçalo - e encontrou um capacete, um aparelho celular, uma faca e um facão...”.

Trecho de matéria sobre a prisão de assaltantes na Paraíba.

Nada encontraram?

E faca e facão são o quê? Souvenirs?

E Hollywood descobre São Luís

Atriz de Hollywood adere ao bloqueio do Greenpeace em São Luís.

Q’orianka Kilcher tem origem quéchua, mas isso não significa dizer que veio a esta capital à procura de programa de índio.

Viram como a “Pocahontas” escalou direitinho a âncora do navio Clipper Hope?

Não levou ferro, e nem deixou que levassem.

Não duvide caso o enredo chegue aos cinemas até o final do ano.

Os pobres e os cobres

Governo e BNDEs definem investimento em ações de combate à pobreza no Maranhão.

Pobreza aqui? Deve ser engano.

Pode-se chamar de pobre estado que se candidata a sediar jogos da Copa 2014, caso o Rio Grande do Norte pise na bola?

É bom que o BNDEs saiba.

Maior que o Castelão, só a boa-fé dessa gente!

Essa vida é uma parada!

São Luís sem ônibus; Porto Alegre sem metrô.

Alegre-se!

Sua vidinha pode estar parada, mas o problema dos gaúchos é bem mais profundo.

domingo, 20 de maio de 2012

Help me

Um brasileiro é furtado a cada 3 dias em Miami ou Orlando.

E reclamam?

Aqui, cada um é furtado a cada 3 segundos e nenhum grita Socorro! ou Help me!

Pelo visto, ser surrupiado em linha inglesa dá o maior charm!

A origem

São Luís é a capital com maior número de vereadores.

Vem daí as tantas dores dessa gente?

Coincidências

“Tenho pastores que ganham entre R$ 4 mil e R$ 22 mil”, admite Silas Malafaia.

Que coincidência!

Tenho um cão que come como um pastor.

Desenfreados

Ônibus vão parar 100% na segunda-feira.

Pronto! São Luís acaba de inventar a greve sem freios. Fosse pouca a primeira, os rodoviários engatam a segunda em uma semana, e prometem não parar por aí.

Sabe-se lá o que vão pedir na próxima vez.

Uma sugestão? Folga às segundas.

Tudo o que aporrinha na vida começa no dia seguinte a um domingo.

Passa um boi, passa boiada

Setecentas e oitenta máquinas caça-níqueis foram apreendidas este ano na região metropolitana de São Luís.

Esqueça o que "pegaram" e mire no que os contraventores conseguiram atravessar.

Os inventos não chegam em carroças ou lombo de burro, chegam?

Mas pra quê se arriscar nos caça-níqueis?

Existe versão em papel, legalizada e sob a batuta do governo federal.

sábado, 19 de maio de 2012

A gosto

EP quer mais 90 dias para concluir aeroportinho do Tirirical.

Enfim, em agosto, pessoal! A gosto de Deus.

Tomara que vire novela das onze.

A olhos não vistos

O buscador de imagens do Google habitualmente mostra surpresas. Mas nem sempre os resultados da pesquisa inspiram confiabilidade.

Digite “nervoso”, por exemplo, e aparecerá foto do prefeito João Castelo a roer unhas.

Nervoso, o prefeito de São Luís?

Com os nervos em pandarecos deve estar quem espia o La Ravardiére do outro lado do fosso ou mora em uma das 482 ruas a serem asfaltadas pelo município.

Imagine quando deflagrarem a campanha “Veja o palácio com bons olhos”!

Aulas para esgotar nervos

Oito pontos em praias de São Luís recebem esgotos "in natura" e estão interditados a banhistas, segundo alerta em placas.

A medida é tardia e cômica, visto que há meses todas as praias – exceto Panaquatira – estão impróprias ao banho.

E quem colocou os avisos? A Caema.

Logo o maior sujão da ilha vem ensinar como tirar os pés da... lama!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Bons tratos à bola

Não é algo frequente, mas de vez em quando alguém emerge com palavra ou frase arguta a salvar a semana e a língua.

Souberam do “abibolados”, com o qual o líder da bancada do governo na Assembleia rotulou os ilustres da OAB que aprovaram ação que reduz de 18 para 13 os salários dos deputados estaduais maranhenses?

Nem entro no mérito da questão, pois o adjetivo – significa louco, em bom maranhês – e seu uso é o que me interessam.

Também no rumo, conheço “abirobado”.

“Abibolado, abirobado”. Quanto tempo não os ouvia!

É preciso reconhecer. Seja qual for o motivo da birra, o deputado tatá que tava... uma arara, digamos assim.

Guia de sobrevivência

Para sobreviver à Ilha, ou pula fora do barco, ou rema contra a maré.

Fora isso, restará ir a pique.

Segura a onda!

Faltam acessos a deficientes no Shopping da Ilha.

Os outros não riam da carência alheia, que em todos salta aos olhos a deficiência de clientes e compras regulares.

E as chamadas lojas âncora?

Exceto elas, ninguém mais está seguro no barco, ouvi de um lojista.

Ainda segundo ele, é melhor viver do aluguel dos pontos que esperar que passem do ponto.

O bom da festa

Há dezoito instituições no Maranhão habilitadas para oferecer curso superior na área do Direito. Quinze pertencem a políticos.

Também eles estão à frente de outras duas que aguardam liberação do MEC para funcionar.

Imagine no que vai dar.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O afastamento do prefeito

E o empolgado locutor de rádio comunitária do interior do Maranhão...

“E vô logo dizendo o que todo mundo já sabe, que é pra quem já tem a notiça passar adiante, e pra quem não tem ficar sabendo agora. Se num quiser passar pra frente, ou passe pra trás, ou passe pro lado... É o prefeto... Esse pode ir dando adeus e se despedindo dos comes e bebes que nóis paga... É que a dona justa mandou fastar o home, fastô mermo, foi pegado nas coisa alheia, mas se fosse ôce não ia de ser besta de tacar fogo em fuguete agora não, que essezinho do mal e do peor tem mais amigo e colegage que eu de ouvinte, mas isso é assunto pro qual não lhe chamei pra ouvir... Olha, o home é bem capaz de vortá no meio das minha palavra, mas isso num sei, e se eu num sei, ocê tumbém não... Olhe, se num sei, e você num sabe purque não lhe contei, faça o siguinte... Passe no buteco perto de casa e mande aviar entradera e saidera, e deixe ficar descansando uma pra quando eu chegar... Posso demorá mas eu chego, e que bote os pé premeiro que o prefeto, que num sei onde se meteu mas vô sabê quando ocê vier me contar... A gente se arreune mais de noitinha no dominó do cumprade Firmo, e vê se não chegam de língua pregada tal qual minino de birra... Por ora é só e basta, que num gosto de muito conversório, ocês sabe... Inté e tilogo...

Aerotombos

Vice-governador se reúne com dirigentes da Infraero.

Coitado do Washington Oliveira! Entrou aéreo na conversa; saiu embalado em túnel de vento.

E o andamento das obras do aeroportinho do Tirirical?

Andando, que o contrato não prevê qualquer autonomia de voo, disseram ao vice.

Pena, capital, apenas

É elogiável a rapidez dos informes sobre as condições ambientais nas praias de São Luís.

Em nenhuma o mar está pra peixe, banho ou turista, sabe-se logo.

E medidas de contenção ao avanço dos esgotos, soube de alguma ou o meio de transporte que se desloca?

Taí uma boa pergunta.

Como vender a imagem de uma capital turística se suas praias atraem mais coliformes fecais que visitantes?

Por cartão postal retocado em Photoshop?

Oba!

Professores da Ufma anunciam greve para a próxima semana.

Ainda bem que o anúncio veio a tempo das faculdades particulares prepararem salas e foguetório aos novos alunos.

Greve é matéria curricular na universidade federal.

Tanto quanto materializar o “pendura” das farras no Sá Viana.

Bons copos!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pré-históricos

Dinossauros sofriam de atrite, diz pesquisa.

A ciência finalmente comprova.

Além de mastodôntico, o SUS (Sistema Único de Saúde) tem origem no período jurássico.