O uso de dirigíveis em batalhas não era algo novo para os alemães. Eles haviam recorrido a eles na Primeira Guerra (1914-1917). Do alto, observavam o deslocamento de tropas.
Santos Dumont – a quem o Brasil reverencia como “Pai da Aviação”, título não-reconhecido no cenário internacional – contornou a Torre Eiffel, em 1901, a bordo do Dirigível Nº 6. Mais tarde adicionaria motores de explosão ao aparelho.
Apesar do suposto proveito alado, os generais de Hitler os rechaçaram na Segunda Guerra, sobretudo pela fragilidade da “arma”.
Enormes e considerados alvos fáceis, tinham segundo ponto vulnerável: o conhecido poder de combustão do hidrogênio, o gás de abastecimento.
O revestimento dos antigos dirigíveis era confeccionado, em grande parte, com o tecido do estômago de bovinos – o único a suportar a ação do hidrogênio.
Impressiona como os Estados Unidos utilizaram o invento, em larga escala, contra os surpreendentes alemães.
Onde os norte-americanos aprenderam a construir e operar dirigíveis de tamanho gigante e de longa autonomia de voo?
Na Base Aérea de Macapá, que abastecia aviões dos EUA com destino à África, foram documentados em 1943 zeppelins de grande dimensão (foto abaixo).
Escombros e sucatas corroídas pela ferrugem são o que resta da base.
Nada ficou da antiga Base Aérea de São Luís, pelo menos como memória preservada e disponível a consulta.
A base foi “emprestada” aos norte-americanos durante a guerra, e só devolvida ao Brasil em 1946, um ano depois do final do conflito.
O local é o mesmo onde está o Aeroporto do Tirirical, que em 1974 passou a ser administrado pela Infraero.
“Segundo registros da US Navy, (...) nenhum navio foi afundado pelo inimigo enquanto esteve sob a escolta dos dirigíveis...”, assinala Telmo Roberto Machry em “Dirigíveis: uma alternativa para o transporte de cargas especiais” (dissertação de mestrado em Ciências em Engenharia de Transportes).
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